12.11.07

Portas abertas

pagar pelos erros alheios faz parte do ciclo vital.
não lhe aconselho a se esforçar pelo certo.
Lhe dou sim, um bom conselho:
Esqueça-me.

Eu não sirvo pra você, ou pra mim.
Quando passar pelas portas, deixe-as abertas, pra que você possa sair depois.
Não olhe ninguém nos olhos e não responda à nenhum chamado.
Eu perdi a sensibilidade ao toque, mas a minha capacidade de mentir continua intacta.

Não lhe quero aqui, não lhe quero em mim.
Estou bem sozinha.
Olhe nos meus olhos, dá pra ler.

Lembro-me da última vez que lhe disse isto.
Me respondeu que lia nos meus olhos o contrário do que dizia. E talvez, bem, tenha razão.
Só talvez. E viro as costas. Lembrando do teu sorriso e fechando os olhos pra esquecer.