30.9.08

deixa o verão

não adianta que nem que eu queira eu vou deixar o deleite pra mais tarde, o mais tarde é muito tarde pra mim, o "quero agora" voltou com força total.
está incrustada em minha pele a necessidade do prazer, do deleite, da gargalhada, do exagero e da inconsequência.
sabe o que me dá forças? saber que amanhã vai acabar, e que eu vou querer de volta.
não deixo ir embora, me agarro, me seguro aos meus bons momentos- eles são mais que bons. eles são insanos, loucos, exageradamente indescritíveis. quero-os aqui pelo máximo de tempo que eu conseguir. deixa o futuro pra mais tarde. e tenho dito.

5.9.08

está na moda não se importar

fingir, fingir, sempre fingir.
a gente acorda todo dia escolhendo qual dos papéis desempenhar.
quem diz que não liga pra imagem desempenha o papel de quem não liga pra imagem - está na moda não se importar.
sua cara vale mais que o que você diz, e o que você diz vale mais do que o que você de fato é, e assim vamos nós, nesse blablabla infindável, assim vamos nós.
continuemos a fingir - fingir é humano.

(quero pertencer a outro filo)

1.9.08

gente que nunca cresce

quero voltar cinco vezes no tempo, pra apagar a imaturidade dos outros, e pra continuar a ser sincera comigo ainda que mil dedos se voltem pra mim simultaneamente. Porque ainda que eu não faça o que eu de fato quero, que eu não respeite minhas vontades, meus valores e faça o que eles fingem achar certo, os dedos continuam em riste, apontados, eternamente.
é um julgar mal julgado, uma falta de vergonha na cara, uma hipocrisia velada que ninguém nem percebe a existência, de tão presente que está, de tão incrustada na pele de cada mínimo ser que cruzar a linha da socialidade.

tem gente que nunca cresce.