tag:blogger.com,1999:blog-17880089793685265172024-03-05T12:33:16.431-03:00Polissínteseum caleidoscópio de pequenas e tão diversas sínteses do tão pouco que meu limitado olhar consegue captar.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.comBlogger111125tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-77998639562453214532009-04-06T13:43:00.006-03:002009-04-06T13:52:26.399-03:00das inspirações repentinas<div align="left">é um paradoxo. cruel paradoxo.</div><div align="left"> </div><div align="left"></div><div align="left">Há poucas coisas mais lindas e que dão mais prazer do que um momento de inspiração repentina. Do que escrever initerruptamente, sobre tudo e sobre todos, do que sentir as palavras fluirem como não fluem quase nunca. </div><div align="left"> </div><div align="left"></div><div align="left">Entrementes, esses momentos, além de raros, geralmente são nas horas mais impropícias.</div><div align="left"></div><div align="left">Não raro são em madrugadas insones, quando se tem algo importante no outro dia de manhã cedinho. Mais frequentemente ainda, ocorrem quando não há papel, nem lápis, nem nada que possa registrar seus brilhantes pensamentos ao alcance de suas inquietas mãos. você pensa que escreverá quando chegar em casa, mas invariavelmente o tempo terá desbotado sua vontade de escrever e suas idéias brilhantes cairão no esquecimento antes que você alcance um papel ou algo que o valha.</div><div align="left"> </div><div align="left"></div><div align="left">Eu seria incapaz de dizer-vos quantas belas frases eu perdi no abismo das inspirações em horas impróprias. Queria encontrá-las, mas já declarei-as dentro do conjunto das coisas que perdi pra sempre. </div><div align="left"> </div><div align="left"> </div><div align="left"></div><div align="left">E vale registrar: não sem luto.</div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-1364386151678067812009-04-06T13:40:00.000-03:002009-04-06T13:42:45.866-03:00sobre a irresponsabilidadeeu descobri por mim mesma verdades que sempre me disseram mas que eu nunca atribuí a elas o valor necessário.<br /><br />não há excessos sem compensações.<br />essa conversa de que só se aprende se cair é tão verdade.é mais uma das verdades que de tão verdades todos sabem, de todos saberem, banaliza, e de banalizar, a gente subestima.<br />o melhor remédio para aquele que erra é sentir o gosto de fel da consequência. eu não creio em muita coisa, mas o pouco que eu vivi neste mundo me fez observar que não há mesmo ação sem reação. que tudo que vai volta de algum jeito.<br /><br />que as vezes o que se leva tempo pra construir desmorona mesmo em dois segundos por uma única atitude impensada. que o tempo não volta e muitas vezes, incontáveis vezes, o crime não compensa.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-49861711515834631202009-04-03T13:22:00.002-03:002009-04-03T13:23:36.118-03:00a ordem e o tédiopaz e escrita não combinam<br />algo tem que estar fora do lugar, para que de fato se tenha inspiração, para que se tenha a tal vontade e/ou necessidade de escrever.<br /><br />E isso é quase um axioma! Me lembro daquela frase, que eu li em algum lugar há algum tempo e que guardei na memória, por fazer sentido. "Tempos de paz geram homens fracos". Não sei de quem é a frase, não sei o que a motivou, mas é provável que tenha partido de reflexões bem parecidas com as minhas de agora. A gente sabe que a poesia mais bela de um povo é extraída em tempos de opressão e crise, a gente bem sabe que amor e dor, quando sinônimos ou não, são as mais frequentes inspirações para os mais belos textos.<br /><br /><br />quando está tudo na mais perfeita ordem (como meu momento de agora), escrever pra quê?eu escrevo quando algo me balança, quando eu sinto alguma coisa, seja o êxtase, seja a dor, amor ou luto - paz, ausência completa de turbulências, de emoções, não estimula criatividade de ninguém.<br />é por isso que escrevo pouco. porque não tenho amado, nem chorado, nem gritado de felicidade pelas ruas. minha felicidade é constante, e tudo que é constante não me parece válido relatar. Causa tédio só de pensar.<br /><br />quero relatar discrepâncias, transformar dores em ficção, falar do êxtase, do arrependimento, da dúvida, da angústia. Quero que mude mude mude tudo, até que até a mudança me traga tédio. Hoje quero mesmo algo novo, pra me tirar dessa apática felicidade de tododia.<br />Quero surpresa, mudança e turbulência. Quero ter meia hora pra mudar a minha vida. É como dizia a música que eu tanto ouvia..<br />"De qualquer forma, não me queixo. O inesperado quer chegar, eu deixo"<br />Ah... e se deixo, viu.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-77899654170198762632009-04-01T23:53:00.000-03:002009-04-01T23:55:20.731-03:00váe leve tudo de mim, já não tenho medo da dor...Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-19848732439440387132009-03-17T22:32:00.002-03:002009-03-17T22:42:31.734-03:00sobre os desejos inadiáveisquero abraço bom, apertado. quero encostar a cabeça num ombro e fingir que esqueci de todas as pequenas coisas chatas que têm inundado meu novo dia-a-dia.<br />quero encontrar espaço dentro de um abraço qualquer, quero encaixar-me no corpo alheio como antes costumávamos ser (um só, sem saber). quero um elogio bem sincero, daqueles que me faça ganhar o dia. quero guardar o gosto da saudade pro tempo não desbotar. quero alternar entre carinho e desejo até que o sol venha e vá de novo, até que ambos se confundam e virem um só (sem saber). quero não olhar relógio. quero e quero agora, se for amanhã não dá.<br /><br />é verdade que vontade dá e passa - o que me faz querer satisfazê-las todas antes que dê tempo de passar.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-57616280711096627492009-03-03T22:28:00.004-03:002009-03-03T22:29:09.667-03:00das relações humanas<div><br /></div><div>um espera daqui, outro de lá:</div><div>nenhum dos dois se alcança.</div><div>não encontram linguagem em comum</div><div>e perdem-se no abismo da incoerência.</div><div>não adianta que dêem-se as mãos, que orem,</div><div>que amem. perdem-se. desenlaçam-se.</div><div>porque são fadados a ser sós. e de sós, livres.</div><div>[o tempo come toda e qualquer lembrança que possa existir.] </div><div><br /></div><div><br /></div><div>e o esperar, a esperança, não tem nenhum propósito além de libertar aquelas almas que, indo contra o fluxo inevitável das coisas, ainda teimam em se unir.</div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-54290532572792315272009-03-03T22:28:00.003-03:002009-03-03T22:28:51.597-03:00Egocentro<div><br /></div><div>preciso falar de mim</div><div>preciso falar que não sei e que não quero mais atingir expectativas</div><div>preciso subir num palanque e gritar pro mundo que eu quero ser eu e fim. </div><div>que eu quero ter prazer em exercer o simples ofício de viver do meu jeito, de agir do meu modo, de pensar assim agora e assado depois, da forma que me apetecer. </div><div>quero a minha individualidade a gritar, não sou padrão! não sou padrão! não sou padrão! </div><div>Ainda que seja. Ainda que lute pra ser. Quero, por meus próprios méritos, declarar-me minha. Minha, só minha, e não de quem quiser. </div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-23893862767858029932009-03-03T22:28:00.001-03:002009-03-03T22:28:23.058-03:00esperar pelo agora<div><br /></div><div><br /></div><div>se fosse do nosso feitio esperar apenas pelo agora,</div><div>tavez fôssemos eternos.</div><div>a finalidade do fim é apenas causar em nós essa tal dúvida do que fazer agora, se abraçar o presente, se esquecer o passado, se lutar pelo futuro. estes tais conceitos, que só confundem, como se não fosse tudo uma só coisa, coisa que a gente também conceitua, que é a vida. </div><div><br /></div><div>se esperássemos somente pelo agora, quantos agoras haveriam? </div><div>e se não houvesse pressa? e se não houvessem dias todos os dias? </div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-14754700552102166262009-03-03T22:26:00.000-03:002009-03-03T22:27:54.707-03:00tears dry on their own<div><br /></div><div>quando o mundo cai, o chão em baixo dos pés some</div><div>quando tudo que a gente acredita desmorona</div><div>a gente chora chora chora</div><div>desidrata de chorar. desacredita.</div><div><br /></div><div>mas, invariavelmente, passa.</div><div>toda e qualquer tristeza tem remédio, o tempo. </div><div>e se todos tem repetido isso exaustivamente, é porque é verdade. verdade demasiadamente verdade. daquelas que de tão verdade, de tão óbvia, a gente desconsidera. dizer que vai passar não é consolo pra ninguém. mas sempre, sempre, sempre passa. </div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-15770673217105796382009-02-17T22:45:00.002-03:002009-02-17T23:00:02.473-03:00Amarga"em cada esquina cai um pouco a tua vida, em pouco tempo não serás mais o que és.<div>ouça me bem, amor. preste atenção, o mundo é um moinho. vai triturar seus sonhos tão mesquinhos. vai reduzir as ilusões a pó. preste atenção querida. em cada amor tu herdarás só o cinismo. quando notares, estás a beira de um abismo. abismo que cavastes com seus pés"</div><div><br /></div><div>de novo, a mesma música. porque ela traduz o que eu sozinha não saberia dizer.</div><div>hoje estou amarga e descrente. hoje choveu. choveu em mim. mesmo que fosse sol lá fora, eu sentiria chover mesmo assim.</div><div><br /></div><div><br /></div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-78373127744687548732009-02-09T00:49:00.002-03:002009-02-09T00:56:48.314-03:00ClichéDá náuseas só de pensar que tudo tudo tudo a minha volta virou clichê.<div>por que não posso achar bom o que é banal?</div><div>por que não copiar, usar palavras repetidas, ser senso comum?</div><div><br /></div><div>POR QUE NÃO?</div><div>que mania chatinha essa de querer ser diferente.</div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-28921306954730094312009-02-01T23:41:00.001-03:002009-02-02T00:43:55.307-03:00Existirmos: a que será que se destina?Será que é assim pra isso mesmo, pra experimentar o gosto das coisas, e nunca conseguir definir pra sempre se são mesmo bons, ou ruins? <div>Será que é assim pra isso mesmo, pra mudar de idéia o tempo inteiro, pra viver agora e esquecer depois?</div><div>Ou pra passar por mil e tantas fases, pra mudar de cinquenta jeitos diferentes, pra consolidar um bloco assim (não sei se sólido ou se intangível, abstrato) de conhecimento que vai conosco ao túmulo?</div><div><br /></div><div>São só perguntas, perguntas que com a finalidade de explicar, confundem ainda mais.</div><div><br /></div><div>Confusa ou não, carrego uma certeza, entre muitas que tenho e que vou deixando pelo caminho. </div><div>Estou na fase boa da minha fase de agora, que vai passar, eu sei, não sei se em breve ou se depois, mas sei que sempre nos parece breve quando chega ao fim. </div><div>Sei que vai passar, não tenho vontade de segurar o tempo, só quero aproveitar o que me veio de bom, o que a sorte me concedeu de bom e sorrir, sorrir e sorrir enquanto posso. Que existir, pra mim, nesse momento, tem a ver com usufruir, aproveitar, <span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">"é tempo de colher o que semeou e desfrutar". </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Verdana; line-height: 16px; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Apenas a matéria vida era tão fina....</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Verdana; line-height: 16px; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">....A cajuína cristalina em teresina.</span></span></span></div><div><br /></div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-20031970970346840732009-01-18T01:04:00.003-03:002009-01-18T01:08:39.839-03:00ensaios pueriscrianças são seres fantásticos. são fonte inesgotável de conversas inesquecíveis.<br />diversão initerrupta. qualquer assunto dá pano pra manga, qualquer mínima coisa dá motivo pra gargalhadas, pra abraços repentinos, pra sorrisos sinceros.<br /><br />deu vontade mesmo de levá-la pras estrelas do céu do meu quarto.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-44957811217914976542008-12-25T00:41:00.004-03:002008-12-25T00:54:04.539-03:00três pontosAcordei com a cara amassada e olhos de ressaca. Não os olhos de ressaca de Capitu, não aqueles, queria eu que deus tivesse me abençoado com este poder de sedução. Meus olhos de ressaca são aqueles inchados, com maquiagem borrada e muitas olheiras. Importantíssimo ressaltar: não eram só os olhos que eram ressaca, eu era ressaca por inteiro. Não sentia enjôo ou dor de cabeça. Não, não é isso. Acordei só com uma sede fenomenal e fiquei me nostalgiando das besteiras que fizemos ontem. Eu bebi algumas, claro, aqui está a minha juventude sendo aproveitada ao máximo, o rock tem que rolar, estou no auge, depois vem 3 toneladas e meia de responsabilidade, marido com barriga de chopp, menina pequena e descabelada chorando no meu ouvido e uma poltrona no dia de domingo. (deus que me livre de tanta quadradice). porra. tem hora que eu paro e penso que eu quero mesmo é viajar, é curtir é ter tudo só pra mim, farinha pouca meu pirão primeiro, como já diria a "sabedoria" popular. Mas porra. Só de pensar. Eu velha, sozinha e rica, it won't make sense, vou morre sozinha, não terei a quem ensinar tudo que eu aprendi viajando pelo mundo, lendo madrugadas adentro ou mesmo chegando bêbada em casa escondida de madrugada, e rodando a chave devagar pra não fazer barulho. não terei adolescentes a rondar pela casa, a chegar com cheiro de cigarro e vodca barata em casa, nao vou ter nada pra me lembrar assim de leve essa minha juventude. Se agora eu sei que tá bom, pode ter certeza que quando passar a saudade vai dilascerar. Porque envelhecer dói. Porra, dói. Dói porque você aprende mil coisas, e quanto mais se sabe menos feliz se é. Melhor seria ignorar eternamente, mas aí num tédio sem fim, seguiria as massas, ouviria pagodão e sertanejo e assistiria a novela todos os dias. Não. Não. E dói porque sua pele desidrata, seus peitos caem, você parece que seca, parece que o que há de melhor em você foi sugado, abduzido. Porra, envelhecer deve doer mesmo.<br />É por essas e outras, meu bem, que eu digo e continuo dizendo: não troco meu deleite por nada! tenho mais é que viver. All my dreams are made of strawberry lemonade e mesmo assim eu sei fazer o rock rolar. Nothing, nothing, nothing is gonna change my world. Nada vai me enquadradar, me encaretar. Não. Eu não serei uma velha homofóbica, amélia, servir a família. Não. A sorte que me livre deste maledeto destino.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-68437053984665020512008-12-25T00:38:00.002-03:002008-12-25T00:40:32.943-03:00vou escrever um livro.arte pela arte. sem nada de mim lá dentro. seco. sem cor.<br />para derramar meu lirismo eu já tenho esse blog.<br /><br />(tenho lido e relido os textos, e achado todos péssimos)Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-39811986624524798722008-11-20T22:35:00.002-03:002008-11-20T22:37:59.580-03:00back to hellquero me esconder, não acho aonde.<div>fiz promessas, não sei cumprir. </div><div>tem gente esperando de mim em todos os âmbitos da minha vida.</div><div>não quero nem pensar em atingir a essas expectativas.</div><div>agora queria um lugar pra ficar só, eu, meus discos e livros e nada mais, quero me esconder, ninguém pra me ver, ninguém pra comentar, ninguém pra julgar, pra orientar, pra apontar, pra dar conselho. se teu conselho fosse bom, tu vendia.</div><div><br /></div><div>eu tô exposta que nem ferida aberta, e dói, viu.</div><div>está tudo tão plano e claro que eu não encontro uma sombra ou canto para me estabelecer, para estar sozinha, para estar em paz.</div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-23935312413632296272008-11-16T19:01:00.000-03:002008-11-16T19:02:31.573-03:00o que é bom dura pouco (ou ao menos deveria durar - assim ninguém jamais se entediaria com o que foi feito pra entreter)<div>a euforia passou, só sobraram uns pedacinhos de lembrança, de nostalgia</div><div>e uma vontade ínfima de que se repita tudo, mas como antes, e não como agora, e não nesse clima repetitivo de agora. não que agora não seja bom, mas antes era antes, e tinha o gosto de novidade, tinha o gosto de eu estar saindo do inferno pro que houve de melhor em minha vida. o que há de bom se se prolongar gera comodismo, e eu não quero me acostumar, não existe sentimento que me cause mais asco do que aquele tédiozinho que dá quando você se acostuma com as coisas que antes eram boas. </div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-31768155623560325282008-10-28T22:29:00.002-03:002008-10-28T22:41:16.444-03:00so sorry, it's overtodo mundo aponta e fala, sem conhecer as circunstâncias.<div>eu também aponto, também julgo. o que falta no mundo é espelho.</div><div>não o espelho que estimula a vaidade, o que mostra o rosto maqueado. Mas o que mostra o que é real, um espelho que reflita o que há por dentro, sem máscaras, sem as falsas imagens que tentamos ostentar. Mas de tão podres, nos auto-destruiríamos - como aguentar ver tais imagens e associar a nós mesmos? não aguentamos a verdade, ela dói.</div><div><br /></div><div>eu encho de eufemismos o que aconteceu, porque talvez nem importe tanto assim, mas é mais bonito que não importe, é mais cool que eu finja que tá tudo igual. tem muita coisa que foi colocada em jogo por um segundo apenas, por alguns copos de cerveja, por algumas inconsequências. quem tá de fora não enxerga.</div><div>quem tá de fora não vê - julga. não entende - crucifica. não há quem esteja por dentro, quem entenda as sutilezas. </div><div><br /></div><div>fecho os olhos, desconfundo, sorrio e espero pra ver. </div><div>do futuro eu não sei NADA!</div><div><br /></div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-53936305864248528402008-10-25T17:18:00.002-03:002008-10-25T21:04:38.287-03:00meu grito, em mimeu aceito meus defeitos óbvios.<div>aceito que perfeita não dá pra ser, que eu vou mesmo ter que errar e quebrar a cara mil e cinquenta vezes pra aprender. eu só aprendo assim. caindo. </div><div><br /></div><div>eu quero que me deixem cair. em paz.</div><div>mas não quero uma paz consentida, paz submissa, em que se cala a boca perante as ordens e determinações dos outros. submissão não tem vez em mim - não há espaço pra ela.</div><div>eu quero uma paz conquistada, uma paz de acordo, uma paz que é paz porque os eventuais causadores da discórdia e do desprazer entendem o tamanho da minha necessidade de paz. </div><div><br /></div><div>eu sei da minha imaturidade, eu sei dos meus erros mais vis, dos mais condenáveis. sei da imagem contrária que tento ostentar, em alguns casos. a minha paz é paz em guerra, quero paz ainda que conturbada, eu vivo em paz com a minha guerra.</div><div>quero poder ter vontade, quero poder desejar, quero poder ir lá e fazer - sem dedos me apontando, sem ordens do contrário. Não peçam para que eu me cale, o meu grito, em mim, é eterno há tempos, estou começando aos poucos a lançar seus sons ao mundo.</div><div><br /></div><div>não tenha medo de enxergar o que há por dentro.</div>Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-70610506875975171542008-09-30T15:37:00.002-03:002008-09-30T15:41:13.512-03:00deixa o verãonão adianta que nem que eu queira eu vou deixar o deleite pra mais tarde, o mais tarde é muito tarde pra mim, o "quero agora" voltou com força total.<br />está incrustada em minha pele a necessidade do prazer, do deleite, da gargalhada, do exagero e da inconsequência.<br />sabe o que me dá forças? saber que amanhã vai acabar, e que eu vou querer de volta.<br />não deixo ir embora, me agarro, me seguro aos meus bons momentos- eles são mais que bons. eles são insanos, loucos, exageradamente indescritíveis. quero-os aqui pelo máximo de tempo que eu conseguir. deixa o futuro pra mais tarde. e tenho dito.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-48664793241300028662008-09-05T23:18:00.002-03:002008-09-05T23:22:39.193-03:00está na moda não se importarfingir, fingir, sempre fingir.<br />a gente acorda todo dia escolhendo qual dos papéis desempenhar.<br />quem diz que não liga pra imagem desempenha o papel de quem não liga pra imagem - está na moda não se importar.<br />sua cara vale mais que o que você diz, e o que você diz vale mais do que o que você de fato é, e assim vamos nós, nesse blablabla infindável, assim vamos nós.<br />continuemos a fingir - fingir é humano.<br /><br />(quero pertencer a outro filo)Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-77179517827675835972008-09-01T18:35:00.002-03:002008-09-01T18:45:47.818-03:00gente que nunca crescequero voltar cinco vezes no tempo, pra apagar a imaturidade dos outros, e pra continuar a ser sincera comigo ainda que mil dedos se voltem pra mim simultaneamente. Porque ainda que eu não faça o que eu de fato quero, que eu não respeite minhas vontades, meus valores e faça o que eles fingem achar certo, os dedos continuam em riste, apontados, eternamente.<br />é um julgar mal julgado, uma falta de vergonha na cara, uma hipocrisia velada que ninguém nem percebe a existência, de tão presente que está, de tão incrustada na pele de cada mínimo ser que cruzar a linha da socialidade.<br /><br />tem gente que nunca cresce.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-28409655520721793052008-08-18T22:56:00.002-03:002008-08-18T22:58:01.101-03:00fifty-fiftycadê o equilíbrio?<br />quero entender porque infernos eu tenho que ser tão extremista.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-4105476291683034732008-08-17T12:16:00.003-03:002008-08-17T12:26:07.611-03:00Hot N' ColdSó por dizer: tudo mudou tão completamente que eu não sei nem explicar.<br />Tá claro demais, mas isso não me incomoda mais.<br />Estou lépida, sorridente, acho que meus risos nem me cabem de tão frequentes.<br />Rir por nada, como antes - ou mais que antes.<br />O que é bom logo passa, já estou quase vendo o fim, mas vendar os olhos me parece a melhor solução.<br /><br />Eu que sempre falei mal do carpe diem exacerbado da juventude atual!<br />Carpe Noctem é agora meu lema, não sei até quando, até onde, e o porquê.<br />Me agrada a permissividade que tudo se tornou, me agrada que com isso tudo, parei com minhas inconsequências - aquelas que me incomodavam, aquelas cujas consequências não me agradavam, fazer o que não me apetece, e tudo o que eu já estou mais do que cansada de lembrar - fim nessas lembranças.<br />fim nas idéias anti-sociais, fim nessa história de dormir cedo, de viver um dia de cada vez, o meu imediatismo voltou, e é tão bom que eu não quero deixar passar.Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1788008979368526517.post-22598143817846208822008-08-03T22:35:00.002-03:002008-08-03T22:37:51.763-03:00Mudeztalvez fosse melhor enquanto muda<br />enquanto casta, enquanto silêncio.<br />O ter companhia obrigatoriamente me impõe<br />a máscara, a dor e os planos que caem por terra.<br />É minha hora de decidir: A quem devo dar adeus primeiro?<br />Ao meu futuro, ou ao meu presente?Manuelahttp://www.blogger.com/profile/14246345358147396229noreply@blogger.com0