3.7.08

um pedaço de euforia nesta minha apatia constante

faça graça.
o colorido que me envolve e chega a seu ápice na minha gargalhada mais sincera.
o cheiro dos seus cabelos despetalando a minha timidez, expondo-a, dizendo-a: pra quê?
eu sem saber dizer. mas o não dizer foi o que havia de melhor, o não dizer foi a razão dos meus sorrisos. você é um pedacinho de carnaval, no meu dia de chuva.
eu sei que ontem não choveu, mas tem chovido tanto ultimamente. nem parece que eu vivo numa das mais ensolaradas cidades. nem parece, nem parece. nem parece que você é assim tão velho, você não tem as marcas do tempo. eu tenho. eu pareço mais velha.
você é mais um desconhecido que possui o seu encanto por ser desconhecido, esta é a tua graça, continue no anonimato. só pra mim, só pra mim. para os outros você brilha, porque é estrela já pré-determinada, seu destino é mesmo este, seu destino é dançar no topo dos teus sonhos.
o que há de desconhecido é o que sempre me atraiu, porque eu me permito imaginar, porque eu me permito desenhar o que você ainda não me mostrou. sorrir inteiramente, meu pedacinho de carnaval. muito obrigada por me conceder sem saber um pedaço de euforia, nessa minha apatia constante.