quero me esconder, não acho aonde.
20.11.08
back to hell
fiz promessas, não sei cumprir.
tem gente esperando de mim em todos os âmbitos da minha vida.
não quero nem pensar em atingir a essas expectativas.
agora queria um lugar pra ficar só, eu, meus discos e livros e nada mais, quero me esconder, ninguém pra me ver, ninguém pra comentar, ninguém pra julgar, pra orientar, pra apontar, pra dar conselho. se teu conselho fosse bom, tu vendia.
eu tô exposta que nem ferida aberta, e dói, viu.
está tudo tão plano e claro que eu não encontro uma sombra ou canto para me estabelecer, para estar sozinha, para estar em paz.
16.11.08
o que é bom dura pouco (ou ao menos deveria durar - assim ninguém jamais se entediaria com o que foi feito pra entreter)
a euforia passou, só sobraram uns pedacinhos de lembrança, de nostalgia
e uma vontade ínfima de que se repita tudo, mas como antes, e não como agora, e não nesse clima repetitivo de agora. não que agora não seja bom, mas antes era antes, e tinha o gosto de novidade, tinha o gosto de eu estar saindo do inferno pro que houve de melhor em minha vida. o que há de bom se se prolongar gera comodismo, e eu não quero me acostumar, não existe sentimento que me cause mais asco do que aquele tédiozinho que dá quando você se acostuma com as coisas que antes eram boas.
28.10.08
so sorry, it's over
todo mundo aponta e fala, sem conhecer as circunstâncias.
eu também aponto, também julgo. o que falta no mundo é espelho.
não o espelho que estimula a vaidade, o que mostra o rosto maqueado. Mas o que mostra o que é real, um espelho que reflita o que há por dentro, sem máscaras, sem as falsas imagens que tentamos ostentar. Mas de tão podres, nos auto-destruiríamos - como aguentar ver tais imagens e associar a nós mesmos? não aguentamos a verdade, ela dói.
eu encho de eufemismos o que aconteceu, porque talvez nem importe tanto assim, mas é mais bonito que não importe, é mais cool que eu finja que tá tudo igual. tem muita coisa que foi colocada em jogo por um segundo apenas, por alguns copos de cerveja, por algumas inconsequências. quem tá de fora não enxerga.
quem tá de fora não vê - julga. não entende - crucifica. não há quem esteja por dentro, quem entenda as sutilezas.
fecho os olhos, desconfundo, sorrio e espero pra ver.
do futuro eu não sei NADA!
25.10.08
meu grito, em mim
eu aceito meus defeitos óbvios.
aceito que perfeita não dá pra ser, que eu vou mesmo ter que errar e quebrar a cara mil e cinquenta vezes pra aprender. eu só aprendo assim. caindo.
eu quero que me deixem cair. em paz.
mas não quero uma paz consentida, paz submissa, em que se cala a boca perante as ordens e determinações dos outros. submissão não tem vez em mim - não há espaço pra ela.
eu quero uma paz conquistada, uma paz de acordo, uma paz que é paz porque os eventuais causadores da discórdia e do desprazer entendem o tamanho da minha necessidade de paz.
eu sei da minha imaturidade, eu sei dos meus erros mais vis, dos mais condenáveis. sei da imagem contrária que tento ostentar, em alguns casos. a minha paz é paz em guerra, quero paz ainda que conturbada, eu vivo em paz com a minha guerra.
quero poder ter vontade, quero poder desejar, quero poder ir lá e fazer - sem dedos me apontando, sem ordens do contrário. Não peçam para que eu me cale, o meu grito, em mim, é eterno há tempos, estou começando aos poucos a lançar seus sons ao mundo.
não tenha medo de enxergar o que há por dentro.
30.9.08
deixa o verão
não adianta que nem que eu queira eu vou deixar o deleite pra mais tarde, o mais tarde é muito tarde pra mim, o "quero agora" voltou com força total.
está incrustada em minha pele a necessidade do prazer, do deleite, da gargalhada, do exagero e da inconsequência.
sabe o que me dá forças? saber que amanhã vai acabar, e que eu vou querer de volta.
não deixo ir embora, me agarro, me seguro aos meus bons momentos- eles são mais que bons. eles são insanos, loucos, exageradamente indescritíveis. quero-os aqui pelo máximo de tempo que eu conseguir. deixa o futuro pra mais tarde. e tenho dito.
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