3.3.09

das relações humanas


um espera daqui, outro de lá:
nenhum dos dois se alcança.
não encontram linguagem em comum
e perdem-se no abismo da incoerência.
não adianta que dêem-se as mãos, que orem,
que amem. perdem-se. desenlaçam-se.
porque são fadados a ser sós. e de sós, livres.
[o tempo come toda e qualquer lembrança que possa existir.]  


e o esperar, a esperança, não tem nenhum propósito além de libertar aquelas almas que, indo contra o fluxo inevitável das coisas, ainda teimam em se unir.