17.2.09

Amarga

"em cada esquina cai um pouco a tua vida, em pouco tempo não serás mais o que és.

ouça me bem, amor. preste atenção, o mundo é um moinho. vai triturar seus sonhos tão mesquinhos. vai reduzir as ilusões a pó. preste atenção querida. em cada amor tu herdarás só o cinismo. quando notares, estás a beira de um abismo. abismo que cavastes com seus pés"

de novo, a mesma música. porque ela traduz o que eu sozinha não saberia dizer.
hoje estou amarga e descrente. hoje choveu. choveu em mim. mesmo que fosse sol lá fora, eu sentiria chover mesmo assim.


9.2.09

Cliché

Dá náuseas só de pensar que tudo tudo tudo a minha volta virou clichê.

por que não posso achar bom o que é banal?
por que não copiar, usar palavras repetidas, ser senso comum?

POR QUE NÃO?
que mania chatinha essa de querer ser diferente.

1.2.09

Existirmos: a que será que se destina?

Será que é assim pra isso mesmo, pra experimentar o gosto das coisas, e nunca conseguir definir pra sempre se são mesmo bons, ou ruins? 

Será que é assim pra isso mesmo, pra mudar de idéia o tempo inteiro, pra viver agora e esquecer depois?
Ou pra passar por mil e tantas fases, pra mudar de cinquenta jeitos diferentes, pra consolidar um bloco assim (não sei se sólido ou se intangível, abstrato) de conhecimento que vai conosco ao túmulo?

São só perguntas, perguntas que com a finalidade de explicar, confundem ainda mais.

Confusa ou não, carrego uma certeza, entre muitas que tenho e que vou deixando pelo caminho. 
Estou na fase boa da minha fase de agora, que vai passar, eu sei, não sei se em breve ou se depois, mas sei que sempre nos parece breve quando chega ao fim. 
Sei que vai passar, não tenho vontade de segurar o tempo, só quero aproveitar o que me veio de bom, o que a sorte me concedeu de bom e sorrir, sorrir e sorrir enquanto posso. Que existir, pra mim, nesse momento, tem a ver com usufruir, aproveitar, "é tempo de colher o que semeou e desfrutar". 

Apenas a matéria vida era tão fina....
....A cajuína cristalina em teresina.