25.10.08

meu grito, em mim

eu aceito meus defeitos óbvios.

aceito que perfeita não dá pra ser, que eu vou mesmo ter que errar e quebrar a cara mil e cinquenta vezes pra aprender. eu só aprendo assim. caindo. 

eu quero que me deixem cair. em paz.
mas não quero uma paz consentida, paz submissa, em que se cala a boca perante as ordens e determinações dos outros. submissão não tem vez em mim - não há espaço pra ela.
eu quero uma paz conquistada, uma paz de acordo, uma paz que é paz porque os eventuais causadores da discórdia e do desprazer entendem o tamanho da minha necessidade de paz. 

eu sei da minha imaturidade, eu sei dos meus erros mais vis, dos mais condenáveis. sei da imagem contrária que tento ostentar, em alguns casos. a minha paz é paz em guerra, quero paz ainda que conturbada, eu vivo em paz com a minha guerra.
quero poder ter vontade, quero poder desejar, quero poder ir lá e fazer - sem dedos me apontando, sem ordens do contrário. Não peçam para que eu me cale, o meu grito, em mim, é eterno há tempos, estou começando aos poucos a lançar seus sons ao mundo.

não tenha medo de enxergar o que há por dentro.