6.3.08

uma fase que, thanks god, já passou.

dois pequenos textos, escritos de qualquer forma, sem estética ou intenção.
refletem bem uma fase que, thanks god, já passou.

I
Preciso aprender com o silêncio. A preservá-lo, a compreender as mensagens implícitas nele.
E as vantagens de me omitir. De guardar em mim o que penso de tudo.
O silêncio grita quando há constrangimento, acalma quando há agonia.
Vou calar-me e morar em mim. Deitar na cama e olhar pra dentro, vou sair dessa inércia mental e aprender tudo que me apetecer. Numa viagem interna, para sempre e sem volta.

II
O encanto se perdeu. Nem dor eu senti.
São também os sentimentos frutos da imaginação. Algumas idéias ficam, enquanto outras se vão tão rápido que nem se percebe. Você veio e antes que eu piscasse os olhos, se perdeu no abismo do desencanto.
Eras tu idéia pura, idealizei-te pela minha total impossibilidade de tocar-te, como faziam os poetas românticos. Mas eu não sou romântica - sou só. Chamei de emoção a melhor das idéias.
Enquanto mistério eu lhe interessava, enquanto dúvida lhe apetecia, lhe fiz pensar. Ao revelar-me tu nada soubes de mim, mas eu enxerguei-te no íntimo. O lado podre da maçã, como você se referiu.

Não és quem supus, querido. És real, e por seres, me nauseia.